Sob o pretexto da cura
Para juiz, internação compulsória não se trata de medida em prol da saúde, mas de higienização em favor de interesses econômicos
Terça-feira, 22 de janeiro, 2013
A medida que autoriza a internação compulsória de usuários de crack no estado de São Paulo é considerada um retorno aos séculos XIX e XX “quando se internavam os indesejáveis à ordem política a pretexto de curá-los”. A opinião é do juiz de Direito e membro da Associação Juízes para a Democracia, João Batista Damasceno, crítico do papel que o Judiciário deve cumprir na tríade com o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no caso das internações contra a vontade dos viciados. (Leia também: Crack: Tratamento sem liberdade)