“Não sou entusiasta da legalização da cannabis para fins recreativos”
O famoso “modelo português” está em risco de colapso?
Quinta-feira, 11 de janeiro, 2018
A favor da legalização da cannabis para fins terapêuticos, o director-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Adictivos e nas Dependências (SICAD), João Goulão, admite ser convencido das vantagens da legalização para fins recreativos, desde que a discussão se faça ao arrepio dos interesses da indústria. Mas avisa que não será porta-estandarte desse movimento. Já a possibilidade de auto-cultivo – presente nas propostas que são discutidas no Parlamento – merece-lhe um rotundo não. O facto em relação ao qual me sentia mais fundamentalista era estar-se a querer utilizar o uso terapêutico de cannabis como um cavalo de tróia para fazer passar o uso recreativo. (“Seria útil avançar com uma sala de consumo assistido no Porto”)