Descriminalização das drogas: batalha foi ganha, mas faltam salas de chuto
Quinze anos após a descriminalização, diminuíram doenças infecciosas, mortes por overdose e presos por crimes ligados à droga. Mas nem tudo é cor-de-rosa: falta aposta nas medidas de redução de riscos
Segunda-feira, 7 de novembro, 2016
Já passaram 15 anos desde que Portugal descriminalizou o consumo e a posse para uso próprio de drogas, e o balanço é consensualmente positivo: diminuiu a taxa de infecção por VIH entre os toxicodependentes, as mortes por overdose baixaram para as 33 registadas em 2014 (eram 94 em 2008, antes disso não há dados directamente comparáveis) e a população condenada a pena de prisão por crimes relacionados com estupefacientes, que em 2001 representava 41% do total de reclusos, diminuiu para 19% do total de reclusos em 2015. Falta avançar com as famosas "salas de chuto".